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v. 78 n. 02 (2024): CELEBRAR OS JUBILEUS: atualizando a missão e renovando a esperança
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Nestas duas décadas que nos conduzem pelo século XXI, a humanidade tem testemunhado grandes avanços. Embora enfrentemos fragilidades e desafios, é inegável que, em diversas áreas, conseguimos demonstrar o melhor de nossas capacidades em prol do bem comum, do cuidado com o próximo, e da melhoria das condições de vida no planeta. É inata ao ser humano a capacidade de transformar a realidade. Resta saber se estamos conseguindo direcionar esta capacidade na construção de um futuro mais promissor para todos.

Na verdade, a realidade nos mostra que vivemos um momento de profundas transformações. Junto ao trigo saudável e pleno de possibilidades, também viceja o joio vigoroso. O cenário atual, neste início de século, nos deixa, no mínimo, apreensivos. O clima primaveril que aos poucos se espalha no ar, nos inspira a iniciar este editorial com palavras de otimismo, esperança e renovação. No entanto, não podemos ignorar que, em muitos aspectos, a dura realidade se impõe, nua e crua.

Recentes acontecimentos têm acendido o alerta de que a experiência humana na terra não está avançando como deveria. Alguns eventos estão se dando de forma tão rápida e dramática, trazendo no seu bojo mutações tão inovadoras quanto assustadoras, e nem temos ainda condições de nomeá-los. Nem mesmo fazemos ideia dos impactos que tais inovações terão sobre a vida do ser humano e de toda a criação num futuro não muito distante. Não se trata de colocar todas estas transformações, eventos e “novidades” dentro de um esquema e rotulá-las como absolutamente negativas e ameaçadoras, como se o apocalipse estivesse às portas. Mas uma análise um pouco mais aprofundada revela que tais escolhas podem ter consequências catastróficas.

No contexto global, a proliferação de conflitos e guerras, para além do horror e do sofrimento que provocam, estão levando a humanidade à beira de uma conflagração mundial, com o risco de um confronto nuclear.

O uso da Inteligência Artificial (IA) aos poucos torna-se onipresente em nosso cotidiano. Seus avanços são, ao mesmo tempo, intrigantes e promissores. Sem ignorar todos os aspectos positivos que traz consigo, o recurso à IA também gera insegurança e temor. O que será das funções e dos empregos que, em grande escala, já estão sendo substituídos pelas máquinas? E quanto ao uso desenfreado da tecnologia para formar (ou deformar) consciências, principalmente das novas gerações, que deixam de interagir, de ler, de brincar, presas à tela do celular que lhes oferece uma realidade utópica, fantasiosa, inacessível à grande maioria? Como educar para a consciência crítica e para a liberdade, quando empresas e pessoas mal intencionadas investem bilhões na criação de programas que disseminam fake news, alimentando o negacionismo, fortalecendo o preconceito, pugnando por pautas que atentam contra a vida, contra a inclusão, a solidariedade e o diálogo? O drama de milhões de pessoas viciadas em jogos online, recentemente noticiado, tem trazido à tona a capacidade de manipulação das mentes, sonhos e desejos das pessoas em função de interesses escusos. As síndromes psicológicas, surtos, fobias de toda espécie, aumentam num ritmo assustador. O crescente número de homens e mulheres que afirmam não encontrar um sentido para a vida revela que vivemos uma verdadeira crise existencial.

No mundo inteiro as mudanças climáticas, com os eventos extremos cada vez mais frequentes, afetam a todos, especialmente os mais vulneráveis. No Brasil, todos sentimos os impactos das queimadas que devastaram o país, resultado, em grande parte da ganância e do descaso pelo bem comum. Animais, seres humanos e vegetação sofrem. Cientistas avisam que estamos ultrapassando um “sinal vermelho”, a partir do qual a vida humana na terra estará em grave risco. Na verdade, até as expressões têm se modificado, passando a tratar a situação como uma verdadeira “ebulição climática”.

A política, que deveria ser o saudável e humano exercício na busca pelo bem comum, da criação de possibilidades de esperança e de mudanças em prol da coletividade, tornou-se sobretudo um meio de ascensão pessoal, de domínio, de poder e controle sobre tudo e todos. Assistimos, no Brasil e em outros países, a um espetáculo de horror, com acusações verbais e violências físicas, morais e psicológicas, no intuito de angariar votos. Há a espetacularização do grotesco. A religião e o nome de Deus são manipulados em função dos interesses mais baixos e mesquinhos. Em nome da moral e dos bons costumes, defendem-se pautas extremamente desumanas, violentas, xenófobas, fascistas e racistas.

O cenário em que nos encontramos nos faz questionar sobre o protagonismo do ser humano neste mundo, e até sobre a continuidade de nossa existência. Para alguns, estamos passando por um ciclo natural da história, que se repete de tempos em tempos, que independe da ação humana, negando todas as evidências das ciências e da razão. Outros agem como nos “tempos do dilúvio”: apesar dos avisos, dos sinais cada vez mais claros de que a situação está passando dos limites, anestesiados e tomados pelo torpor, continuam agindo como se nada estivesse acontecendo, esperando, talvez, que a situação se ajeite por si só. Para outros, o cenário é desanimador, quase de desespero, que nos levará a uma realidade imprevisível, desconhecida, prenúncio do caos.

Na verdade, o futuro depende das escolhas que fazemos no presente, no aqui e agora da história. Com certeza muitas das transformações que se sucedem independem de opções individuais. A trajetória do ser humano na história está permeada de exemplos, onde as transformações, as mudanças, as revoluções, geram um alternar-se de poder e de domínio, que interferem profundamente na vida das pessoas, e sobre as quais a maioria dos envolvidos não tem quase nenhum controle.

Para focarmos apenas no decurso dos dois últimos milênios, já na era cristã testemunhamos a lenta e inexorável decadência de uma estrutura milenar, culminando na ruína e queda de um dos mais poderosos impérios da história: o Império Romano. A ascensão dos povos bárbaros, militarmente inferiores aos romanos, mas munidos de muita garra, senso de honra e valentia, são a prova de que, em certos momentos, só a força das armas não basta para se impor e garantir a supremacia. A ascensão do islã, a partir do século VII, que uniu ao vigor militar o poder da religião, evidencia a importância e a relevância que as orientações religiosas e espirituais desempenham nos eventos humanos. O mesmo pode ser dito da Reforma Protestante, que emergiu num contexto de falta de referências, de crise antropológica e insegurança institucional marcada pela transição da Idade Média para a Idade Moderna. Estes fatores, aliados às divergências na compreensão e vivência dos dogmas e doutrinas da Igreja Católica, possibilitaram um ambiente fecundo para a eclosão de uma nova forma do ser humano compreender-se e situar-se no mundo, de relacionar-se com Deus e com os demais, além de permitir o surgimento de forças políticas e sociais inovadoras. A Revolução Francesa, fundamentada na defesa da liberdade, igualdade e fraternidade, e expressa na Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789), promoveu a universalização dos direitos sociais e das liberdades individuais. Com a Revolução, grandes transformações foram aos poucos assimiladas em quase todo o mundo, resultando em uma nova correlação de forças no cenário ocidental.

Como podemos constatar, ao longo da história revoluções e transformações têm sido motoras de evolução. Poderíamos argumentar que, de revolução em revolução a humanidade vai evoluindo. Na verdade, a questão é que, no atual momento de “virada” em que nos encontramos, não se trata apenas de mudanças políticas, avanços sociais, transformações antropológicas, novos modelos de governança. Pela primeira vez na história, coloca-se em xeque a possibilidade da espécie humana continuar a habitar neste planeta. Alguns cientistas já falam abertamente que corremos o risco de entrarmos em extinção. E, é importante ressaltar, não haverá um “fim do mundo”. O planeta, não vai deixar de existir. Terá fim a existência da espécie humana neste mundo, ou de grande parte dela. Se a espécie humana desaparecer deste mundo, o planeta terra volta a ser o que sempre foi: um verdadeiro jardim criado por Deus.

Num contexto como este, homens e mulheres de fé, que acreditam na Boa Nova de Jesus, na capacidade transformadora do Evangelho, no potencial do amor partilhado, gerador de solidariedade, de fraternidade, não podem deixar de se perguntar: como alimentar a esperança? A fé teria algum papel a desempenhar, no sentido de oferecer possibilidades e alternativas diante dessa situação? De que modo a vivência da fé pode ajudar a superar essa situação? É possível, apesar de tudo, esperançar, como nos convoca o Papa Francisco? O que virá dessa situação caótica que a cada dia torna o futuro mais imprevisível?

Em situações de crise é importante ficarmos atentos aos sinais que possam nos ajudar a perceber que nem tudo está perdido. Nesse sentido, uma das personalidades que sempre nos recordam que é possível continuarmos acreditando no ser humano, em sua capacidade de superação e de realização do bem, é o Papa Francisco. Talvez seu gesto de, aos 87 anos de idade, sentado numa cadeira de rodas, empreender uma viagem longa e cansativa ao continente asiático, possa ser um sinal de que não podemos simplesmente “jogar a tolha”, nem nos render ao pessimismo e ao derrotismo.

A viagem de Francisco, de 02 a 13 de setembro de 2024, visitando a Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor Leste e Singapura foi, como sempre, marcada por muitos gestos significativos. O próprio fato de se deslocar numa jornada exaustiva, para visitar alguns países quase insignificantes no tabuleiro das potências mundiais, com uma minoria de cristãos, já traz consigo alguns questionamentos. O gesto de Francisco nos recorda que o mais importante é a abertura ao encontro, a busca do diálogo e do conhecimento do outro. Nesse sentido, o Papa teve vários encontros com lideranças de religiões não cristãs, que retribuíram a visita com demonstrações de carinho e afeto. Os gestos do pontífice sempre nos remetem àquilo que é o essencial do cristianismo, mas sobretudo, nos recordam a essência do que é ser humano.

Somos seres de relação, criados para o encontro, para a convivência, para o cuidado. Isso comporta alguns princípios, que fazem parte de todas as culturas, e que precisam sempre de novo ser afirmados e defendidos. O cuidado e a atenção aos mais fracos, a ética nas relações entre os povos, a busca de soluções pacíficas para os conflitos, a partir do diálogo e do respeito às diferenças, o empenho na superação da pobreza e das desigualdades, o cuidado e o respeito pela Casa Comum, como um bem de todos.

O Sínodo dos Bispos, que em outubro realizou sua segunda sessão, também é cheio de simbolismo e de sinais que podem alimentar a esperança. Quando as pessoas do mundo inteiro, lideranças religiosas, leigos, especialistas, teólogos e teólogas, se reúnem em círculo para, de igual para igual, debater ideias, dialogar e buscar alternativas para uma ação da Igreja que corresponda aos anseios da atualidade, para melhor anunciar a Boa Nova, pode-se dizer que há esperança.

No dia 24 de dezembro de 2024, às 19 horas, com a Celebração Eucarística presidida pelo Papa Francisco na Praça de São Pedro, será oficialmente aberto o Jubileu de 2025. Ao convidar as pessoas do mundo inteiro a serem Peregrinos da Esperança, (Peregrinantes in Spem) Francisco está lançando um convite a nos aventurarmos em um itinerário, em uma jornada, onde a Esperança seja ao mesmo tempo nossa parceira e guia, companheira de caminhada e objetivo a ser alcançado. Na verdade, a esperança se constrói e se renova no empenho concreto de cada dia. É algo que depende das opções e escolhas de cada um. Mas também é fruto de um empenho coletivo. Peregrinos não caminham sozinhos. As agruras do caminho se tornam mais leves quando caminhamos juntos. É uma proposta concreta a nos empenharmos, enquanto comunidade humana, enquanto sociedade, na busca de soluções, de possibilidades, de saídas para as imensas crises em que nos encontramos, no interesse pelo bem comum.

Neste número da Grande Sinal trazemos uma série de reflexões inspiradas nas celebrações de vários Jubileus. Os Jubileus são datas comemorativas importantes, de festa, mas sobretudo de revisão e de renovação dos ânimos e da esperança. De que modo a vida, os feitos, as realizações de grandes personagens do passado podem continuar a ser inspiração para nossos dias? Nesse sentido, os personagens que nos acompanham neste número nos revelam a ação e a graça de Deus presente na história, no cotidiano simples, na vida concreta de homens e mulheres que foram instrumentos dóceis à ação do Espírito. Cada um e cada uma, com seu testemunho, seus ensinamentos, nas suas dores e alegrias, nos ensinam grandes coisas. E continuam a nos indicar caminhos e possibilidades.

Todo ano a cidade de Canindé, a cerca de 120 km de Fortaleza, no sertão do Ceará, torna-se meta de milhares de peregrinos, que se dirigem ao segundo maior Santuário Franciscano do mundo, atrás apenas de Assis, na Itália. Neste ano de 2024, a festa revestiu-se de maior solenidade, pela celebração dos 800 anos dos Estigmas de São Francisco. O Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores, frei Massimo Fusarelli, que geralmente passa a festa de São Francisco na cidade de Assis, na Itália, este ano se fez peregrino em Canindé. Frei Gilberto da Silva, professor de Espiritualidade no Instituto Teológico Franciscano, nos ajuda a refletir sobre a importância deste jubileu, para os franciscanos, para a Igreja e para os fiéis em geral. Em Francisco das Chagas, os devotos veem um verdadeiro imitador do Cristo pobre, humilde e crucificado. Como afirma frei Gilberto, diante das crises atuais, a espiritualidade dos estigmas enfatiza o amor, a esperança e encoraja a resiliência e a fraternidade. Francisco das Chagas fala eloquentemente aos sofredores deste mundo, aos chagados pelas misérias, pelas injustiças, animando-os e encorajando-os a seguirem as sendas de Jesus Crucificado.

No ano de 2023 a Igreja celebrou os 150 anos do nascimento de Santa Terezinha do Menino Jesus. O professor Bruno Tamancoldi nos oferece uma reflexão sobre o processo de conversão desta santa tão querida e amada em nossos tempos. Terezinha passou por um complexo processo de amadurecimento e conversão, desde a mais tenra infância, influenciada pelo ambiente familiar, mas também tocada pela graça de Deus, que se revela no cuidado amoroso e terno que lhe tributavam seus familiares. Seu processo de conversão nos permite perceber que Deus age através e apesar das fraquezas e debilidades humanas.

A exploração e o descaso para com a Casa Comum abrem verdadeiras feridas não apenas na natureza, mas na vida das pessoas, e dos seres, que machucados e chagados, sangram diante dos açoites dos poderosos. Partindo da espiritualidade dos estigmas, Padre Elizeu da Conceição, sacerdote Estigmatino, partilha conosco uma reflexão que nos possibilita vislumbrar, na contemplação das chagas de Cristo, forças para enfrentar os desafios e sofrimentos, e unir-nos na busca de conversão e de novas formas de vida e de relacionamentos saudáveis.

“Figura de extraordinária relevância, um símbolo de esperança, de redenção, de acolhimento e de integração”. Com estas palavras os Frades Menores da Sicília inauguraram as celebrações do Vo Centenário do Nascimento de São Benedito, o Mouro. Filho de escravos, Benedito encontrou entre os franciscanos de Palermo, no sul da Itália, um ambiente propício à uma vida de santidade e seguimento do Evangelho, no modelo proposto por Francisco de Assis. Frei Alvaci Mendes da Luz, estudioso da vida do ilustre franciscano, nos brinda com uma reflexão sobre a importância de, ao mesmo tempo em que celebramos o seu centenário, tornarmos vivos e atuais os ensinamentos de vida deste homem tão querido pelo povo brasileiro.

Boaventura de Bagnoregio, cognominado por Leão XIII o “Príncipe da Teologia Mística”, conhecido entre os franciscanos como o “Doutor Seráfico”, marcou profundamente seu tempo, e continua a ser um baluarte do pensamento teológico na Igreja atual. Irmã Salete Dal Mago, franciscana das Irmãs de Nossa Senhora Aparecida, realizou uma profunda pesquisa sobre a contribuição deste importante filósofo e teólogo para o pensamento na Igreja, como parte de seu doutorado na Pontifícia Universidade Antonianum, de Roma, e partilha conosco neste número da Revista um pouco das suas ricas conclusões. Neste ano recordamos os 750 anos da morte deste legítimo discípulo de Francisco de Assis (1274).

Na sessão intitulada Reflexões trazemos alguns temas que nos inspiram na busca de respostas criativas a questões instigantes, relacionadas à vida humana, às relações e à espiritualidade. Nos últimos meses temos testemunhado situações alarmantes que nos mostram as proporções e os efeitos devastadores que a crise climática está tomando, no mundo inteiro. O que antes era denominado de modo quase ingênuo de “aquecimento global”, passou ao nível de “emergência”, “colapso”, e hoje se fala em “ebulição climática”. Dentre tantos desafios que tal situação nos apresenta, coloca-se a questão de como educar as novas e futuras gerações para lidarem com as consequências desta situação, que se mostra cada dia mais preocupante. Como “curricularizar” a crise ambiental, diante das tantas e variadas questões que envolvem o ambiente educacional? A educadora Aleluia Heringer Lisboa nos propõe algumas possibilidades de ação, de modo que se consiga uma articulação possível entre a denúncia da situação, ao mesmo tempo em que sejam propostas alternativas e oportunidades de ação no campo da educação

As perplexidades e questionamentos que o uso da Inteligência Artificial levanta ainda não podem ser suficientemente respondidos. O fato é que, em algumas áreas, seu emprego já traz modificações radicais na forma como as pessoas se relacionam. A partir dessa realidade, Martín Carbajo, professor de várias instituições de ensino na Europa e Estados Unidos, partilha conosco uma reflexão onde explora as várias possibilidades, mas também as limitações e os riscos que o manuseio da IA comporta, principalmente no âmbito familiar e educativo. O autor propõe, como possibilidade e alternativa, o incremento dos valores do humanismo proposto pelo Papa Francisco, no caminho trilhado por Francisco de Assis.

A amizade é cantada e decantada por filósofos em todos os tempos da história. No cristianismo, principalmente no período medieval, desenvolveu-se o tema da Amizade espiritual. É esse o tema da reflexão de Irmã Placida, monja beneditina do Mosteiro da Virgem, em Petrópolis. Irmã Placida se debruça sobre a obra de Elredo de Riveaux, um monge cisterciensce inglês, do século XI. Para Elredo, a amizade verdadeira, baseada e tendo como princípio o amor de Deus, faz a pessoa melhor, permite-lhe experimentar o verdadeiro amor de Deus, expresso através da amizade humana.

Uma reflexão sobre dois importantes místicos da Igreja: Ruysbroek e São João da Cruz encerra a sessão Reflexões. Padre Carlos Toseli nos ajuda a refletir sobre os caminhos propostos por estes dois homens de Deus, para se chegar à iluminação: o vale ou o monte?

“Não sejam administradores de medos, mas empreendedores de sonhos!”. Essa foi a afirmação do Papa Francisco aos jovens economistas reunidos em Assis. Que os artigos e reflexões aqui partilhados generosamente pelos nossos colaboradores, a quem deixamos nosso sincero agradecimento, possam indicar aos nossos queridos leitores vias e meios para que sejamos, também nós, homens e mulheres corajosos, guiados pelos valores do Evangelho. Que nestes tempos onde o medo viceja, sejamos pregoeiros de sonhos, mensageiros de novas e fecundas possibilidades, arautos de esperança. Uma esperança pautada na luta e no empenho por um mundo mais humano e justo, no respeito à natureza, na defesa da vida e da dignidade de todos, inspirados por aqueles e aquelas que souberam fazer da vida um poema de amor e doação ao próximo, na construção da Paz. Boa leitura! Paz e Bem!

Frei Sandro Roberto da Costa, ofm

Redator

Publicado: 2024-12-02
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